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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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BBC Brasil mostra realidade no Golfo do México após vazamento e Katrina

Enviada especial viaja por regiões afetadas, mostrando impacto nas comunidades locais.

gil

Restaurante perdeu 300 clientes por noite devido ao vazamento no Golfo

Alessandra Corrêa

Enviada especial da BBC Brasil a Panama City (Flórida)

Yonnie Patronis, dono do restaurante Captain Anderson´s, em Panama City Beach

Para Patronis, o vazamento levou a uma queda de faturamento de 15%

Nos meses mais movimentados do verão americano (inverno no Brasil), o restaurante Captain Anderson´s, instalado há meio século na praia de Panama City, no noroeste da Flórida, costumava servir até 2 mil clientes por noite.

Este ano, porém, o movimento noturno poucas vezes passou de 1,7 mil pessoas, uma queda de 300 clientes.

A menor clientela reflete o menor fluxo de turistas após o vazamento de petróleo que, desde abril, despejou cerca de 5 milhões de barris na Costa do Golfo do México.

"Nesta temporada, os números estão caindo como nunca vimos antes", disse à BBC Brasil um dos proprietários do restaurante, Yonnie Patronis.

"Depois da crise econômica mundial, havia perspectivas muito positivas para 2010. Mas este foi o pior (verão) nos últimos 20 anos, pelo menos", afirma. "Antes disso, éramos menores, não é possível comparar."

Imprensa

O fato de o petróleo não ter chegado à praia de Panama City não impediu que os turistas, temerosos, resolvessem reprogramar suas férias para outros destinos.

"Nosso dano não foi causado pelo petróleo. Foi causado pela imprensa", diz Patronis.

“Em meados de junho, algumas poucas manchas de piche foram vistas na praia. Logo desapareceram. Mas quando a notícia chegou às TVs, nosso movimento caiu 15%. E continuou a cair”, afirma.

O Captain Anderson´s foi fundado em 1953. Em 1967, a família de Patronis comprou o restaurante, que foi sendo ampliado até se transformar em um dos mais populares da praia de Panama City, com capacidade de 725 lugares.

Segundo Patronis, 20% do faturamento anual está concentrado no mês de julho, o auge da temporada de verão. O restaurante fecha em novembro, dezembro e janeiro, inverno no hemisfério norte.

Localizado ao lado de uma marina, o estabelecimento é especializado em frutos do mar. Neste ano, além da queda no número de clientes, o empresário teve de lidar com o aumento dos preços de sua matéria-prima.

“Com a proibição de pesca em águas federais na região, os pescadores tiveram de buscar os peixes mais longe, e aumentaram os custos de transporte”, diz.

gil

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