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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Hoje: Agronegócio, Energia, Saneamento



Energia



Governo quer mais usinas em reservas da Amazônia

Quase um terço da expansão da oferta de energia no País na próxima década, em consulta pública pelo governo desde anteontem, está baseado em seis hidrelétricas a serem instaladas em unidades de conservação na Amazônia. Juntas, elas têm potência equivalente a uma nova Belo Monte, recentemente leiloada no Pará. Análise do Plano Decenal de Energia 2019 mostra que usinas com potência de 10.907 MW na bacia do Rio Tapajós, no Pará, ocuparão até áreas de parques nacionais. A lista das usinas programadas para unidades de conservação completa-se com mais quatro usinas no Rio Jamanxim: Cachoeira do Caí, Jamanxim, Cachoeira dos Patos e Jardim do Ouro. Juntas, somam 2.438 MW. A ideia do governo é implantar nessa região as chamadas "usinas-plataforma", com canteiros de obras reduzidos e posterior recuperação de parte da área usada na construção - OESP, 6/5, Economia, p.B10.



Construção de hidrelétricas em unidades de conservação

O licenciamento ambiental de hidrelétricas de unidades de conservação dependerá até da aprovação de projetos de lei pelo Congresso, prevê Rômulo Mello, presidente do Instituto Chico Mendes. No início de abril, o presidente Lula assinou decreto autorizando estudos de viabilidade ambiental de novas hidrelétricas em unidades de conservação. O Plano Decenal de Energia transformou o que era uma possibilidade em projetos de hidrelétricas com datas de inauguração definidas. O projeto de construção das usinas nos parques nacionais de Jamanxim e Amazônia e nas florestas nacionais de Altamira, Itaituba 1 e 2 e Jamanxim, exigirá mudança no limite territorial dessas unidades, por meio de projeto de lei. Mauricio Tolmasquim, da EPE, disse que a intenção do governo é compensar a área das usinas em áreas próximas às unidades de conservação - OESP, 6/5, Economia, p.B10.



Petrobrás terá usina de biodiesel no Pará

O presidente da Petrobrás Biocombustível, Miguel Rossetto, anunciou ontem em Belém a construção de uma usina de biodiesel no Pará. Rossetto disse que a usina produzirá 120 milhões de litros por ano e irá abastecer a região Norte. O suporte à usina será a instalação de dois complexos industriais de extração de óleo de palma. Na visita do presidente Lula nesta quinta-feira a Tomé-Açu, no Pará, ele lançará o Programa Nacional de Óleo de Palma e irá à área do viveiro, com 1 milhão de mudas. O projeto, denominado Biodiesel Pará, envolverá 2.250 agricultores familiares com o plantio de palma. As plantações ficarão localizadas em uma das áreas mais degradadas do nordeste paraense - OESP, 6/5, Negócios, p.B16.



Vale tem interesse em Belo Monte

O presidente da Vale, Roger Agnelli, não descarta a entrada da companhia como autoprodutora no projeto da usina de Belo Monte, caso seja convidada pelo consórcio Norte Energia, vencedor do leilão. Maior consumidora de energia elétrica do País, a Vale enxerga na tarifa de R$ 77,97 megawatt/hora um bom negócio. Agnelli disse que a empresa estava disposta a pagar até mais pela energia gerada em Belo Monte - OESP, 6/5, Negócios, p.B16; FSP, 6/5, Dinheiro, p.B18; O Globo, 6/5, Economia, p.27.



Energia limpa

"O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2019) contém avanços em relação às versões anteriores. Suscita, porém, dúvidas, que precisam ser dirimidas nos próximos 28 dias -o prazo previsto para sugestões. O passo à frente está na prioridade conferida às fontes renováveis na expansão da oferta de energia. O governo projeta manter as renováveis num percentual em torno de 48% da energia total consumida no país. A partir de 2013, toda a expansão se faria com usinas hidrelétricas. É um quadro, entretanto, demasiado otimista, pois conta com obras ainda duvidosas. O PDE 2019 programa para janeiro de 2015 a operação de Belo Monte. São menos de cinco anos. Para uma usina tão complexa e controversa, que acabou de ser leiloada e ainda passa por recomposição do consórcio vencedor, a expectativa soa exagerada", editorial - FSP, 6/5, Editoriais, p.A2. gil

bem feitos , para todos.

Dois detentos acusados de uma chacina que deixou 27 presos mortos em Rondônia, em 2002, foram condenados na madrugada desta sexta-feira, em Porto Velho.








Michel Alves das Chagas foi condenado a 486 anos de prisão em regime fechado. Anselmo Garcia de Almeida recebeu a pena de 445 anos e seis meses de prisão, também em regime fechado.







Os dois acusados negaram envolvimento no caso. Os condenados não têm direito a aguardar a decisão em liberdade e voltaram ao presídio depois do julgamento.







Os detentos foram os primeiros de uma lista de 16 a serem julgados pela chacina na Casa de Detenção José Mário Alves, mais conhecida como Presídio Urso Branco, em 2002.gil

gil

Todos os elementos que se poderia querer para um filme


clichê de desastre estão ali: uma linda ilha vulcânica no Atlântico, à

beira de um colapso catastrófico, ameaçando propagar ondas gigantescas

que vão avançar pelo globo em questão de horas. E enquanto os

cientistas tentam em vão tornar audível seus alertas, os governos

olham para o outro lado.

McGuire, diretor do Centro de Pesquisa de Riscos Benfield Grieg, da

University College of London, um grande bloco de terra,

aproximadamente do tamanho da ilha britânica de Man (572 km²), está

prestes a se desgarrar da ilha de La Palma, nas Canárias, após uma

erupção do vulcão Cumbre Vieja.

Quando - McGuire garante que a questão não é ''se'' - o bloco cair,

vai gerar ondas gigantes chamadas megatsunamis. Viajando a 900 km/h,

as imensas paredes de água vão atravessar os oceanos e atingir ilhas e

continentes, deixando um rastro de destruição como os vistos no

cinema. As megatsunami são ondas muito maiores do que as que o homem

está acostumado a ver.

- Quando uma destas surge, se mantém de 10 a 15 minutos. É como uma

grande parede de água em direção ao litoral - descreve McGuire.

Modelos feitos em computador do colapso da ilha mostram as primeiras

regiões a serem afetadas por ondas de até 100 metros de altura: as

ilhas vizinhas do arquipélago espanhol das Canárias. Em poucas horas,

a costa ocidental da África será golpeada por ondas similares.

Entre nove e 12 horas depois do colapso em La Palma, ondas de 20 a 50

metros vão cruzar 6.500 km de oceano e atingir as ilhas caribenhas e a

costa Leste dos Estados Unidos e Canadá. Ao chegar a portos e

estuários, a água será canalizada para o interior. Mortes de pessoas e

destruição de bens serão imensas, de acordo com McGuire.

Até 19 horas depois da erupção, ondas de 4 a 18 metros vão atingir a

costa Norte e Nordeste do Brasil, do Pará à Paraíba. A ilha de

Fernando de Noronha será um dos locais onde a tsunami chegará com mais

força no Atlântico Sul.

A América Central simplesmente desaparecerá, ficando separadas as Américas do Sul e do Norte. Os paízes do Caribe deixarão de existir.

A Europa também será golpeada. O litoral Sul de Portugal, Espanha e o

Oeste da Grã-Bretanha vão experimentar ondas de até 10 metros, quatro

ou cinco horas depois do evento geológico nas Canárias. Portos serão

destruídos. Desastres naturais como estes são raros, ocorrem a cada 10

mil anos. Mas La Palma pode entrar em colapso muito antes.

- O que sabemos é que está em processo de acontecer - garante McGuire.

A ilha chamou a atenção dos cientistas em 1949, quando seu vulcão, o

Cumbre Vieja, entrou em erupção, causando um desabamento de parte de

seu flanco Oeste, que afundou quatro metros oceano abaixo.

Especialistas acreditam que placas de terreno continuam escorregando

lentamente para o mar e dizem que uma próxima erupção deve fazer toda

a lateral ocidental da montanha desabar.

- Quando acontecer, não vai levar mais que 90 segundos - disse McGuire.



Piauí na rota de um tsunami. Será mesmo o fim dos tempos?

Enchentes em Angra dos Reis, São Paulo e Ilha da Madeira, terremotos

no Haiti, Taiwan e Chile. Não bastasse tanta calamidade no início de

2010, agora pesquisadores anunciam um tsunami no Oceano Atlântico. O

alvo brasileiro: Fernando de Noronha e a costa do Nordeste acima da

Paraíba.

A formação da onda gigante depende da erupção do Cumbre Vieja,

prevista pelo cientista americano Steven Ward, da Universidade da

Califórnia. O vulcão, localizado na Ilha La Palma, no arquipélago das

Ilhas Canárias, perto da costa africana, entrou em atividade pela

última vez em meados do século 18. “E seu ciclo é de 250 anos”, avisa

o especialista em riscos geológicos da Universidade Federal da Paraíba

Paulo Roberto de Oliveira Rosa. Ou seja, o gigante adormecido está

perto de acordar de novo.

Não seria só a larva, mas também as paredes do vulcão, a causa do

cataclismo. É que na última erupção cientistas registraram o

aparecimento de uma grande fissura na parte oeste da cratera

vulcânica, que fica posicionada virada para o Atlântico.

“Caso ocorra uma erupção de maiores proporções, acredita-se que um

volume considerável de rochas e material da cratera deslize em direção

ao oceano. Nesse caso, haveria um deslocamento da água do mar,

vertical e para cima, de igual volume ao do material do deslizamento”,

explica o coordenador do curso de Geologia da Universidade Federal de

Pernambuco (UFPE), João Adauto de Souza Neto.

Segundo o pesquisador, numa escala de milhares de anos há a

probabilidade de ocorrer novos deslizamentos em direção ao Oceano

Atlântico, provocando a formação de ondas.

O pesquisador recomenda às defesas civis se prepararem para o possível

tsunami. “Temos que ter um serviço de informações eficiente para a

população. O tempo de antecedência com que se conhece um fenômeno é o

principal fator. O serviço de informações poderia ser ao estilo do

meteorológico. Isso é o que ocorre em outros países do mundo”,

justifica.

Para João Adauto, a defesa civil deve informar à população, o mais

rapidamente possível, a possibilidade de erupção iminente nas Ilhas

Canárias. “Para isso, precisa passar a acompanhar a atividade desse

vulcão, a partir do contato com os pesquisadores que o monitoram.”

Quanto mais rápido for conhecida a iminência de uma erupção, diz o

geólogo, melhor. Rápido, nesse caso, são dias ou horas. “A população

do Nordeste que habita as áreas costeiras de relevo mais baixo deveria

se deslocar para áreas mais elevadas das cidades litorâneas ou do

interior. O recomendado é que fiquem em altitudes superiores às

alturas das ondas do mar.”Antes de alcançar Fernando de Noronha, a

onda gigante atingiria os Estados do Ceará, Piauí, Maranhão e litoral

norte do Rio Grande do Norte. “Paraíba está mais susceptível que

Pernambuco”, acredita Paulo Rosa. A onda viajará, prevê João Adauto,

numa circunferência crescente e em todas as direções, seguindo para a

costa leste dos Estados Unidos e Canadá, Caribe, México e América do

Sul.

SEM ALARDE

À frente da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), o

tenente-coronel Ivan Ramos garante que nunca ouviu falar sobre o

Cumbre Vieja, tampouco sobre um tsunami. “É preciso ter cautela para

não alardear a população”, adverte. Revistas de circulação nacional,

no entanto, publicaram a notícia, assim como redes de TV a cabo

exibiram recentemente documentários.

Na Flórida, informa Paulo Rosa, já há plano de evacuação para esse

tsunami e os prédios estão sendo segurados. Enquanto o Estado

americano se encontra a 4.500 quilômetros do epicentro da possível

catástrofe, o Nordeste está a 4.200 quilômetros, isto é, mais perto

ainda.

Fonte: Jornal do Comércio